
Entre os estudos relacionados ao assunto, especialistas do Hospital das Clínicas de São Paulo confirmam o benefício. Eles verificaram em testes realizados com ratos que os exercícios aeróbicos leves e moderados reduziram marcadores de inflamação típicos da asma, como substâncias chamadas citoquinas e interleucinas, além de células denominadas eosinófilos. Ao repetir o experimento com crianças portadoras da doença, Os sintomas e as crises diminuíram e a qualidade de vida delas melhorou sensivelmente.
Mas para que os resultados sejam positivos, algumas precauções são fundamentais. Ao iniciar o treinamento, o paciente deve estar estável, sem crises recorrentes. Para isso, é preciso procurar um especialista, que, se necessário, prescreverá medicamentos broncodilatadores e corticoides. O segundo passo é escolher um exercício que agrade. Pode ser caminhada, corrida, ciclismo ou tênis. O importante é que a atividade seja aeróbica.
É imprescindível considerar também as características do lugar onde a pessoa vai se exercitar. No caso dos esportes aquáticos, como natação ou hidroginástica, deve-se optar por piscinas aquecidas, protegidas do frio e tratadas com sal, já que o cloro é um fator irritante. Nas corridas ao ar livre é aconselhável evitar os dias muito secos, os locais poluídos e os horários de pico no trânsito.
Uma bela orientação de um educador físico ou fisioterapeuta para obter um programa de treinamento adequado à condição atual do potencial praticante também é sempre bem-vinda. Um aquecimento de cinco a dez minutos em intensidade baixa também ajuda a melhorar a respiração com a expansão dos brônquios.
Até que o atleta estreante se sinta seguro, recomenda-se que ele carregue uma bombinha de broncodilatador, para o caso de um eventual mal-estar. Mas tanta cautela só é exigida no começo. Com o tempo ela nem precisará estar presente!